terça-feira, 20 de abril de 2010

E agora?



Ao assistir ao filme, além das tradicionais risadas ante a tragédia do outro, me peguei em conflito de reflexões acerca do limites entre liderança, prudência, planejamento, organização, ordem e decência e a soberania de Deus, dependência dele, preocupação com o futuro (não andeis ansiosos), autoconfiança e/ou confiança em meus próprios métodos, e por aí vai...


Posso acusar o líder peixe por não prever a segunda etapa da fuga? Posso rejeitar seu plano como falho por ir só até metade da liberdade? Tinha como ele saber o que aconteria na frente antes de chegar lá? Era obrigatório a ele conhecer todas as possibilidades e variabilidades de seu empreendimento? No final quem escapou “liso” não foi quem ficou de fora do plano? essas e mais uma dezena de perguntas me vêem à mente enquanto rio da cara de “e agora?” dos pobres peixes.

Se isso aqui fosse um MBA, a resposta para todas elas seria um sonoro sim!!! Você tem que calcular riscos, lucro, gastos, e prever resultados, pontos fortes, pontos fracos, concorrência, definir metas e propor avaliações e controle. Você tem que saer onde está pisando!! Mas isso não se aplica ao campo da fé.

Entretanto em nome da fé, muitas vezes a obra de Deus foi feita de forma relaxada, imprudente e equivocada. Em nome da fé, muitas vezes nos acomodamos com nossos aquários e a ração diária que nos chega. Em nome da fé, muitas vezes negamos a imensidão do mar que está bem ao nosso lado. Em nome da fé, perdemos de experimentar o sobrentatural de Deus acontecer bem diante de nossos olhos quando nossas forças humanas se esgotam.

Enfim, tudo o que me vem finalmente à mente é a “agri-doce” coexistência entre excelência no planejamento estratégico humano e imprevisível e constante soberania divina. Saber desfrutar de ambas é o meu desafio.

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